sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Então é Natal...

Natal data nostálgica, culturalmente hipócrita onde o consumo e o perdão vomitado proliferando o lugar humilde de onde ela surgiu, a simples manjedoura, nunca gostei de datas, de marcas, de patentes, sempre optei pela simplicidade, do amar diariamente, sem hora marcada para dizer eu te amo, para te oferecer uma fatia de bolo ou para ajudar o pedinte.
Mais a magia de tudo isso envolve e deixa o coração oprimido, mesmo VOCÊ estando entre nossos olhos não me sentia obrigada a participar da sua ceia, mais sempre me fazia presente por vê-la iluminada de alegria ao ver toda sua prole ali ao seu redor.
Fazia isso com tanto gosto, com tanto esmero, apesar das atribulações cotidianas, esperava esse momento como quem esperava um milagre, de ver todos juntos como quando pequenos a partilhar o alimento, todos sentadinhos esperando calado onde ali naquele momento a SENHORA ensinava a boa educação, ou o pouco do que conhecia.
O Natal me trás recordações do SENHOR também, da noite que lembro nitidamente da minha primeira boneca, e de quando fomos ao cinema como presente de Natal.
Ficou tudo pra trás, só as lembranças, tentava eu compensar essa noite sempre tão dolorosa do que não foi, do que se foi, do que eu não pude oferecer, mas me contentava saber minha Mãe que você estava ali naquele canto, naquela casa, naquela mesa dividindo a farta comida que um dia foi tão rara. Hoje não estás mais lá, não tem casa, não tem mais a reunião, não tem mais VOCÊ aqui, não que meus olhos imperfeitos possa enxergar, sei que ontem VOCÊ abraçou cada um de nós, mesmo no seu sono reparador. Assim, como o Menino Jesus a SENHORA partiu e ficou a dor, o conto, a saudade. Acredito e creio minha MÃE, estais em um lugar melhor.

O Meu abraço minha Mamãe e Papai.

Por Mim
Para Mamãe

Nenhum comentário:

Postar um comentário