Não foi sonho, foi pesadelo
A noite tratou de mostrar a sua
partida
Olhos que veem coração que não crê
Chegou à hora marcada de você
embarcar
Ali segurando sua mão vi o calor
dissipar
Como uma vela a se apagar
Estou na orfandade
Ainda não aprendi a aceitar
Dois anos se completar nestes 21 de
abril
Por vezes me pego em desalento
Em uma dor profunda de saber que aqui
não está
Quem vai falar da criança pueril
Parte da minha história se perdeu em
algum lugar
Com tantos detalhes, tantas
dores
Levou contigo e ninguém saberá
relatar
Os anos vividos em cada lugar
Por muitas vezes permeia meus
pensamentos
Me custa acreditar, que não vou mais
te abraçar
Que não tenho mais a sua casa pra voltar
Nem mesmo de sua sabedoria à
compartilhar
Pra todos que aqui ficou e não poderá
contar
Com o seu cheiro
Com o seu abraço
Com o seu Deus te abençoe a acompanhar
Precisando de um olhar urgente
Que não tenho mais pra quem contar
Como fazer sem você mãe
neste mês que está a se avizinhar.
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