A lágrima que molha minha face
rasga meus olhos,
sangra meu coração calado.
Aquele grito surdo escorre
buscando o consolo da alma,
descendo por fora e por dentro
o choro tácito dos olhos,
do alivio que dá a dor,
do amor rejeitado,
do parto frustrado,
da mãe abandonada.
Chora todo o ser, toda a alma
em prantos sem alívio
pelo abraço não dado,
a palavra não proferida.
Chora, chora em rios
até encontrar o mar de acalantos.
Socorro Oliveira
26/07/2021
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