Nesses
dias que se arrastam em pandemia,
Não
vivo, vegeto nas notícias sórdidas de morte
Sentindo
pânico em tudo que toca e respira
Vejo
valas de corpos, comuns, sepultadas.
Rostos
de semblantes tristes pela dor da perda
Olhando
de longe corpos frios inertes enfileirados
São
famílias esvaídas de dor e saudades
Criadas
pela morte inesperada
Assim,
como tântalo age nosso governo
Cometendo
crime tenebroso contra à humanidade
E
o noticiário crivado de um tantalismo medonho
Levando
o povo a hipocondria.
Silêncio
sepulcral tão surdo que apavora
O
clamor íntimo do ente devorado pela pandemia
Vencido
pela dor já entregue a inercia
Não
clama nem reclama, só ora.
Melancólica
época de medo pandêmico
Que
alimenta os vermes em toda terra,
Ainda
desconhecido do mundo clínico
A
cura de tão nefasta enfermidade
Os
números, em luto calam o mundo
Uma
chaga nunca mais cicatrizada.
Há
de chegar ao livramento cientifico
Ao fragilizado peito auscultado.
Madrugada
de 22/01/2021
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