quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Meus 52 Anos


Hoje fiz uma viaje dentro de mim mesma,  mais precisamente ao meu passado e me vi longe dos anos, longe do tempo, aos 10 anos sonhava em ter 15 ter peitos protuberantes, andar faceiro, e os 15 chegaram, aos 15 sonhava com os 18 e a liberdade de ser maior de idade, e os 18 chegaram, e a liberdade, somente aos 52 anos descubro que sempre fui livre, pra que mesmo peitos exuberantes? bundinha empinada? andar faceiro? Bem tudo isso passou na minha viaje, encontrei algo que não procurei naquele tempo, mais tinha nas mãos de uma forma ou de outra, tinha o inicio de uma busca frenética, desenfreada por algo que completasse, olhando o passado e as perguntas tantas vezes feita  sem resposta responde hoje. Encontrei por esse caminho livros abertos, amigos, uns tantos outros tão poucos.
E a viaje continuei... Encontrei trabalhos, conhecimentos, tive filhos, outros adotei e me adotaram, ganhei o mundo e conheci a dor do ter, a dor do perder, a dor do decidir, do trocar o certo pelo duvidoso, de ter o doce sabor do acertar, percebi o valor de cada coisinha, de cada minuto perdido, conheci lugares e culturas diferente da minha, fui soberba, cai, levantei, aprendi da mesma forma de todos, com as próprias dores. Vi-me sonhando ainda, valores de antes hoje sem serventia, amores que na realidade nunca chegou a ser, perdi bens preciosos como entes querido, viajando ainda descobri as essências da vida, descobri com a dor que a vida não acaba em uma caixa, não acaba com palavras, que a mente sobrepõe pernas, bundinha, que a mente sobrevive e volta a resgatar valores perdidos, que o conhecimento esta a cima de muito e que só ele constrói, só ele salta a beleza cega por valores distorcidos.
Segui perguntei-me assim de repente que faria eu hoje se pudesse voltar aos 10 anos? Faria tudo novamente, pois não estava com manual de instrução da vida nas mãos, mas se por alguns instante pudesse eu carregar conhecimentos adquiridos iria errar menos, mais que graça teria como iria eu apreender?
Que viaje mais sem graça, parei na minha estação dos 52 anos, ainda erro, ainda caio, mais por falar em cair, que madrasta essa tal de gravidade sem cuidados, só o que ainda esta pé são meus parcos conhecimentos.


Por mim Mesmo: Socorro Oliveira

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